Estava tão entusiasmada com a experiência. Era tudo tão forte! Andava sempre curiosa e a tentar perceber tudo e a querer conhecer, sempre um bocadinho mais. Só queria estar na rua. Com as crianças, sentir a vida lá fora. Olhar, ver, observar, estar! Sentir, e absorver como era aquela forma de ser! Olhar o chão, olhar o céu, olhar o nada. Que era tudo! Só queria estar fora, na rua! Próxima! Das cores, dos cheiros e dos sabores…
Uma das coisas que fui percebendo e me intrigava era o choro dos bebes. Era constante, e com uma certa “indiferença” maternal. O que me levava a querer que seria habitual/normal.
Mais uma vez, queria ver, sentir e perceber, porquê! Perguntava e perguntava, mesmo á minha mama África, e o que me diziam ia de encontro à alimentação. Pelo que fui percebendo, devido aos baixos recursos económicos, passavam para o Ugali (farinha de mandioca e água) depois de acabar o leite materno. Nesta fase, as cólicas seriam uma constante.
Tinha algum tempo livre durante as tardes, já que a presença nas escolas era durante as manhas (de tarde as crianças tinham que ir á escola muçulmana - Madrassa). Assim, decidi colaborar com a comunidade na tentativa de atenuar o choro daquelas crianças. A minha formação e experiencia, permitia-me ensinar a massagem para as cólicas, e quem sabe, e utilização de uma almofada de amamentação, para um melhor posicionamento do bebé, com fim ao alivio das cólicas. E mesmo para a grávida. Sabias que maior parte delas dormem no chão, ou em camas de corda? Foi um início de uma enorme e forte aventura!
(Ainda não me esqueci do dia da aprovação! No próximo post!)
;)
Comentarios